Samalandra é o que não existe pra você, mas existe em mim. Acabei de inventar uma lua incompleta e um travesseiro com cheiro... Desses bem fofinhos e geladinhos quando mais se precisa de conforto num calor-do-cão.
Caminhos são bananas (escolhemos sempre o que fazer com elas!) Não gostar como é ou amassar e misturar com granola, leite em pó... Congelar e... amá-las a partir de então.

estou aqui nessa sala amarela pensando em qual parte a minha mãe tinha razão... Tudo, muito pouco, nada... atravessar sem querer cair, aceitar sem dizer que sim, coagir só se for a mim, entender, interiorizar, interiorizar, interiorizar... Só tô aqui por culpa da arte. Olha que nem procurei tanto por ela. Só segui um fluxo. E se eu tivesse procurado?  eu estaria?

Fui apresentada a esse mundo de mil maravilhas só agora... e ele me consome. Meu tempo nesse mundo me consome e foi escolha minha que ele me consumisse. Se não fosse assim seria inútil a minha presença nessa cidade de meu Deus. E cada luta inválida. Será que  ela sabe quantas vezes eu pensei em desistir de todo meu amor por tão machucada? Será que sabe das minhas dores por acreditar nas pessoas, realizar meu trabalho e não ser recompensada? Será que sabe ela, q ja dormi no chao? mas devo agradecer. Na rua ainda não.

A pior parte de não receber não é o perrengue em si, se tem que passar e a gente passa. O lance é a fome. Fome não é perrengue, fome é imoral.

Sou cheia de medo, mas crio antídotos a cada dia com minha fé e meu deus interior. E esse não liga por ser citado com um "d" minúsculo, meu deus é simples, foda-se a letra.
Acredito na consciência, e que todo o bem que faço vai alimentar o universo de coisas boas e ele me trará tudo o que eu mereça. E se eu não merecer por um longo período, se eu tiver apenas que alimentá-lo para que um dia enfim eu possa receber, tudo bem. Minha fé e meu deus estão comigo. Estão me guiando a cada batimento. A cada litro de sangue cedido.

Passei dezenove anos aprendendo a ser consciência, não posso usar todo esse tempo de reflexão com  meu eu maior e ser mais uma escrava desse mundo loco onde os valores estão trocados. É de praxe correr atrás de um futuro promissor, dinheiro, fama, luxo... mas o meu foco é o prazer em viver. Preciso, para a minha felicidade, conseguir acreditar que é possível viver bem e em paz. Que é possível SIM conquistar um reino onde o prazer reine... seja eu uma samalandra... ou eu mesma. Boa Noite!